O Transtorno de Ansiedade é um dos transtornos psiquiátricos mais prevalente e impactante, afeta milhões de pessoas em todo mundo. Por isso, é essencial conhecer os diferentes aspectos deste transtorno para uma melhor compreensão.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade atinge cerca de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo, e aponta o Brasil como o país mais afetado, com cerca de 9,3% da população, ou seja, 18,6 milhões de pessoas com um quadro ansioso ativo, sendo a região mais acometida pelo transtorno é o Centro-Oeste com uma prevalência de 32,2%.
Há evidências de que 1 em cada 13 pessoas ao redor do mundo vivenciam algum tipo de transtorno de ansiedade em determinado momento da vida. A prevalência desse transtorno é mais frequente em mulheres com 32,5%, em comparação aos homens, com 21,3%, e aumenta com o avanço da idade, ou seja, é mais prevalente em adultos do que em crianças.
E qual médico trata a Ansiedade?
Eu, Dr Everaldo Coutinho, sou especialista em psiquiatria com experiência no tratamento de condições como a Ansiedade.
Meu compromisso é proporcionar um atendimento personalizado e eficaz para cada paciente. Entendo que enfrentar desafios psiquiátricos pode ser uma jornada difícil e, por isso, minha abordagem é focada na empatia, na escuta ativa e na utilização das melhores práticas científicas para promover seu bem-estar.
Quais os sintomas da ansiedade?
Os sintomas de ansiedade podem variar de uma pessoa para outra e dependem do tipo específico de transtorno de ansiedade que alguém está enfrentando
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- Preocupação excessiva, mesmo quando não há motivo aparente para se preocupar;
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- Inquietação, agitação, sensação de nervosismo, agitação física ou dificuldade em ficar parado;
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- Tensão Muscular, apertar mandíbula, punhos ou músculos;
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- Fadiga, sentir-se cansado ou com pouca energia;
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- Dificuldade em se concentrar, focar em tarefas ou pensamentos;
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- Irritabilidade, raiva, muitas vezes sem motivo;
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- Insônia e sono não reparador;
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- Sintomas físicos como palpitações, falta de ar, sudorese, tremores, tonturas, náuseas ou desconforto abdominal;
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- Pensamentos Catastróficos ou preocupações excessivas sobre o futuro;
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- Evitação de situações ou lugares que desencadeiam ansiedade, como multidões, lugares fechados, viagens de avião, entre outros.
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- Estar constantemente alerta e em guarda, como se esperasse constantemente algo ruim acontecer.
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- Sensação de desrealização (sentir-se desconectado da realidade) ou despersonalização (sentir que está fora do próprio corpo).
É importante observar que a presença de ansiedade é normal, mas quando os sintomas são persistentes, graves e interferem nas atividades diárias, pode ser indicativo de um transtorno de ansiedade que requer atenção e tratamento adequados.
Como ocorre a ansiedade?
A ansiedade é uma doença multifatorial, influenciada por fatores genéticos, neurobiológicos, psicológicos e ambientais. Sua fisiopatologia não é completamente conhecida, mas há várias teorias que tentam explicar como ela ocorre.
Um desses fatores é e desbalanço de neurotransmissores atuantes no sistema nervoso central (SNC), como serotonina, noradrenalina, dopamina e GABA, pois esses neurotransmissores atuam na regulação do humor, emoção e resposta ao estresse. Alterações nesses sistemas podem contribuir para os sintomas de ansiedade.
No transtorno de ansiedade, há uma resposta exagerada do SNC a estímulos estressantes ou ameaçadores. Isso pode resultar em uma liberação excessiva de hormônios do estresse, como cortisol e adrenalina, que ativam respostas de luta ou fuga, mesmo em situações não perigosas.
Estudos sugerem que existe uma predisposição genética para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade. Certos genes podem influenciar a vulnerabilidade de uma pessoa ao estresse e à ansiedade, que também é influenciada por interações gene-ambiente. Estes genes podem contribuir cerca de 40 a 50% para o desenvolvimento dos transtornos de ansiedade.
Traumas, estressores ambientais e experiências de vida adversas, como abuso ou negligência na infância, podem aumentar o risco de desenvolver ansiedade. Esses eventos podem afetar a regulação do estresse e a forma como o cérebro processa as emoções. Observar modelos ansiosos em casa ou na sociedade e aprender comportamentos de enfrentamento inadequados também pode contribuir para o desenvolvimento deste transtorno.
O sistema límbico, especialmente o hipocampo e a amígdala, atua na regulação das emoções e respostas ao medo. Alterações na estrutura ou em sua função podem estar relacionadas ao transtorno de ansiedade.
Esses fatores geralmente interagem de maneiras complexas e variáveis, e a fisiopatologia exata pode variar entre os indivíduos. A compreensão desses mecanismos é fundamental para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para o transtorno de ansiedade.
Como tratar a ansiedade?
O tratamento do Transtorno de Ansiedade requer uma abordagem multidisciplinar e conta com tratamento farmacológico e não farmacológico. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um método eficaz para ajudar os pacientes identificarem e modificarem padrões de pensamento e comportamento associados à ansiedade.
O tratamento farmacológico conta com medicamentos, como os antidepressivos e os ansiolíticos, para controlar os sintomas de ansiedade de forma mais efetiva.
Qual o prognóstico?
O prognóstico Transtorno de Ansiedade varia para cada paciente, a depender de:
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- gravidade dos sintomas
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- presença de condições mentais coexistentes
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- adesão ao tratamento
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- fatores de risco individuais
Com o suporte apropriado, muitos pacientes com esse transtorno experienciam uma melhora substancial nos sintomas e na qualidade de vida. Contudo, em situações mais severas ou em casos não tratados, o Transtorno de Ansiedade pode desencadear complicações adicionais, tais como depressão, abuso de substâncias e comprometimento funcional e a alta incidência de comorbidade mental, é difícil prever o curso clínico e o prognóstico.
Por isso há tamanha importância em identificar os sintomas e procurar um profissional com o qual você possa confiar e tratar este transtorno o quanto antes.
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