O que é depressão?

O Transtorno Depressivo Maior, também conhecido somente por depressão é um transtorno mental muito comum, afeta cerca de 4,4% da população mundial e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) até 15,5% da população brasileira terá depressão ao longo da vida. Mesmo sendo comum e estando presente no nosso dia a dia, a depressão ainda é mal compreendida e sofre com muito estigma.

Como especialista em psiquiatria com experiência no tratamento de uma ampla gama de condições mentais e emocionais como a Depressão, meu compromisso é proporcionar um atendimento personalizado e eficaz para cada paciente. Entendo que enfrentar desafios psiquiátricos pode ser uma jornada difícil e, por isso, minha abordagem é focada na empatia, na escuta ativa e na utilização das melhores práticas científicas para promover seu bem-estar.

Aqui, vou tentar explicar um pouco sobre seus sintomas, causas e tratamentos disponíveis, a fim de levar conhecimento, encorajar aqueles que sofrem com depressão a procurar ajuda e reduzir o preconceito com essa doença.



Diferente do que muitos acreditam, a depressão não é somente sentir-se triste ou desanimado. É uma condição clínica que interfere significativamente na qualidade de vida e no funcionamento diário da pessoa afetada.

Quais os sintomas de depressão

Os sintomas da depressão podem variar de leves a graves e incluem:

 

    • tristeza persistente;

    • perda de interesse ou prazer em atividades anteriormente apreciadas (anedonia);

    • alterações no apetite;

    • alterações no sono;

    • fadiga;

    • dificuldade de concentração;

    • ideação suicida e pensamentos negativos recorrentes



Mas o que causa a depressão?

A depressão é uma doença multifatorial, o que significa que vários fatores podem contribuir para o desencadeamento da doença, entre eles, os principais são os fatores biológicos, psicológicos e sociais. Alguns estudos apontam desequilíbrios neuroquímicos no cérebro, como a desregulação dos níveis de alguns neurotransmissores, como a serotonina, noradrenalina, GABA e glutamato; eventos estressantes da vida, como traumas, histórico familiar de depressão, algumas doenças, uso de certos medicamentos, álcool e drogas de abuso.

 

 

Como é feito o diagnóstico da depressão?

O diagnóstico da depressão pode ser feito por médico devidamente habilitado, sendo o principal especialista o médico psiquiatra, por meio de uma avaliação clínica e exame do estado mental. Os exames laboratoriais e de imagem são importantes ferramentas para excluir outros possíveis diagnósticos.



Qual o tratamento?

O tratamento da depressão é divido em dois: o tratamento farmacológico e o tratamento não farmacológico. O tratamento farmacológico é o uso de medicamentos antidepressivos, que visam regular o balanço neuroquímico do cérebro.

O tratamento não farmacológico consiste em psicoterapia, os modelos com maior nível de evidência para o tratamento na fase aguda são a terapia cognitivo-comportamental (TCC), a terapia interpessoal e a ativação comportamental; a terapia cognitivo-comportamental visa a identificação e alteração dos padrões de pensamento negativos e ajudar desenvolver estratégias de enfrentamento. Para a fase de manutenção, as evidências cientificas apontam para a TCC e a terapia cognitiva baseada em mindfulness.

Hábitos saudáveis como prática de exercícios físicos, alimentação balanceada, sono adequado, além de práticas que atuem no bem-estar mental do paciente, como ioga, meditação, acupuntura, entre outros.

Os medicamentos antidepressivos são prescritos para restaurar o equilíbrio químico do cérebro e aliviar os sintomas da depressão. Em alguns casos, a terapia e a medicação podem ser combinadas para obter os melhores resultados.



 

E qual médico trata a Depressão?

Eu, Dr Everaldo Coutinho, como especialista em psiquiatria com experiência no tratamento de condições como a depressão. Meu compromisso é proporcionar um atendimento personalizado e eficaz para cada paciente. Entendo que enfrentar desafios psiquiátricos pode ser uma jornada difícil e, por isso, minha abordagem é focada na empatia, na escuta ativa e na utilização das melhores práticas científicas para promover seu bem-estar.

Como atuam as medicações antidepressivas?

Como já vimos, as medicações antidepressivas atuam na regulação química do sistema nervoso central, contribuindo para manter concentrações adequadas de neurotransmissores, principalmente as monoaminas, como serotonina, dopamina e noradrenalina.

Essas medicações atuam de modo a garantir a permanência da serotonina, dopamina e/ou noradrenalina por maior tempo no espaço entre dois neurônios. Elas ocupam receptores nos neurônios pré-sinápticos e impedem a recaptação dos neurotransmissores presentes na fenda para si, permitindo que ela esteja disponível para estimular o neurônio pós-sináptico.

O aumento da serotonina na fenda sináptica em determinadas regiões do cérebro acarreta a redução de sintomas depressivos e ansiosos.

As medicações antidepressivas viciam? Elas têm algum efeito colateral?

De maneira geral, as medicações antidepressivas não causam dependência química nas pessoas que as usam, ou seja, não viciam. O que não quer dizer que seu uso inadequado não pode trazer riscos à saúde. Essas medicações podem causar, boca seca, tontura, sonolência, náuseas, disfunções sexuais aumento da pressão arterial e em alguns casos alterações cardíacas. Nunca use nenhuma medicação sem acompanhamento médico adequado.

Depressão tem cura?

Sim. Estudos mostram remissão total dos sintomas em 60% dos casos, com recorrência de novos episódios em 40%. E cerca de 32% dos pacientes mantêm a recuperação completa.

No tratamento da depressão buscamos a remissão completa dos sintomas, o retorno à funcionalidade e a prevenção de novos episódios.



Quanto tempo dura o tratamento da depressão?

Após o primeiro episódio de depressão na vida deve ser mantido o tratamento por, no mínimo, 6 a 9 meses após a remissão dos sintomas. Para pacientes com mais de um episódio depressivo tempo total de tratamento é de no mínimo 2 anos, mas alguns pacientes podem precisar de tratamento a vida toda.

Como prevenir a depressão?

O ministério da saúde aponta como a principal forma de prevenção da depressão o estilo de vida saudável, que deve constituir de:

 

    • Dieta equilibrada;

    • Praticar atividade física regularmente;

    • Combater o estresse;

    • Evitar o consumo de álcool;

    • Não usar drogas ilícitas;

    • Diminuir as doses diárias de cafeína;

    • Rotina de sono regular.

A depressão não deve ser ignorada ou subestimada. É uma condição séria que pode ter consequências graves se não tratada adequadamente. Infelizmente, o estigma em torno da doença muitas vezes impede as pessoas de buscar ajuda. Portanto, é essencial promover a conscientização e a compreensão sobre a depressão, para que aqueles que estão sofrendo possam receber o apoio necessário. Se você ou alguém que você conhece está enfrentando sintomas de depressão, não hesite em buscar ajuda.

Nunca interrompa o tratamento sem orientação médica.



O que é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)?

Agendar uma consulta comigo é o primeiro passo para entender melhor sua condição e começar um caminho rumo à recuperação e à melhoria da qualidade de vida. Estou aqui para oferecer suporte e orientações especializadas que farão a diferença na sua saúde mental. Entre em contato para agendar uma consulta e dê início a uma transformação positiva em sua vida.